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Transmissão: https://www.youtube.com/live/tdiJ-lMggqc
Conferência Inaugural
Verenilde Pereira
Daniel Munduruku (Instituto Uka)
Mediação: Hellen Cristina Picanço Simas (UFAM)
Ytanajé Coelho Cardoso (Secretaria de Educação do Amazonas)
Josias Ferreira de Souza (UFAM)
Mediação: Priscila Vasques Castro Dantas (UFAM)
Marina Rodrigues Miranda (UFES)
Regina Zilberman (UFRGS)
Mediação: Sheila Perina (USP)
Mirian Cristina dos Santos (UNIFESSPA)
Liliam Ramos da Silva (UFRGS)
Algemira de Macêdo Mendes (UESPI/UEMA)
Mediação: Adriana Cristina Aguiar Rodrigues (UFAM)
Clecio dos Santos Bunzen Júnior (UFPE)
Daniela Segabinazi (UFPB)
Cleudene de Oliveira Aragão (UECE)
Mediação: Marcos Vinícius Scheffel (UFRJ)
Juciane Cavalheiro (UEA)
Vera Lúcia da Rocha Maquêa (UNEMAT)
Norival Bottos Jr. (UFAM)
Mediação: Carlos Antônio Magalhães Guedelha (UFAM)
Milton Hatoum
Mediação: Cacio José Ferreira (UFAM)
Elias Souza Farias (UFAM)
Marcela Fernandes da Silva Bonfim (Amazônia Negra)
Vanessa Benites Bordin (UEA)
Mediação: Maria Evany do Nascimento (UEA)
Gerson Roberto Neumann (UFRGS)
Weberson Fernandes Grizoste (UEA)
Andrei dos Santos Cunha (UFRGS)
Mediação: Fernando Scheibe (UFAM)
Sandra Godinho (UFAM)
Luiz Carlos Martins (UFAM)
Roberta Tavares (Sarau do Povo da Noite)
Mediação: Elaine Pereira Andreatta (UEA)
Vanessa Neves Riambau Pinheiro (UFPB)
Tânia Maria de Araújo Lima (UFRN)
Marinei Almeida (UNEMAT)
Mediação: Renata Beatriz Brandespin Rolon (UEA)
Ramón J. Stern
Mediação: Saturnino José Valladares López (UFAM)
Maria Amélia Dalvi (UFES)
Fernando Maués (UFPA)
Vima Lia de Rossi (USP)
Mediação: Ana Crélia Dias (UFRJ)
Germana Maria Araujo Sales (UFPA)
Marcos Frederico Krüger Aleixo (UEA)
Yurgel Pantoja Caldas (UNIFAP)
Mediação: Rachel Esteves Lima (UFBA)
Roberto Pontes (UFC)
Edgar Cézar Nolasco (UFMS)
José Luis Jobim (UFF)
Mediação: Rita do Perpétuo Socorro Barbosa de Oliveira (UFAM)
Aldinida Medeiros Souza (UEPB)
Fernanda Miranda (UFBA)
Mediação: Iná Isabel de Almeida Rafael (UFAM)
Eduardo de Faria Coutinho (UFRJ/UFF)
Mediação: Augusto Rodrigues (UEA)
Germana Henriques Pereira (UnB)
Florentina da Silva Souza (UFBA)
Mediação: Elen Karla Sousa (UFAM)
Diana Junkes Bueno Martha (UFSCar)
Verônica Prudente (UFRR)
José Hélder Pinheiro (UFCG)
Mediação: Gabriel Albuquerque (UFAM)
Tem em sua carreira dois álbuns solos gravados: "Porto de Lenha", de 1991/1992, e "Bailando na Escuridão", esta de 2014, e inúmeras participações no cenário musical brasileiro.
Fazer arte em Manaus não é difícil, diz Torrinho: a dificuldade está em divulgar, fazer essa arte acontecer e ser divulgada, ser vista e contemplada pelo público.
O artista apareceu no cenário musical ainda na maratona de festivais universitários, a partir de 84, realizando seu primeiro show com músicas próprias em 87. Venceu em 87 o Festival de Verão (Manaus), com a canção "Primeiro Riso"; em 90, o VI FEMUR – Festival de Música de Roraima, com a canção "Viagem", em parceria com o poeta Aníbal Beça e assim foi acumulando prêmios ao longo da carreira. A música de Célio Cruz se inscreve no bom estilo MPB, com algumas incursões por ritmos latinos, blues e baladas, com melodias originais que podem ser interpretadas como "a feição amazônica".
Confira o trabalho do artista em: https://youtu.be/9tCVmyQ9ysQ?si=vpkRmk_yndpSdQGf
Com quatro álbuns solo no currículo, participação em disco de Maria Bethânia e shows na Alemanha, Márcia Siqueira teve a vida e a carreira retratadas no livro A Voz da Floresta, lançado em 2020. Nesse mesmo ano, a cantora se tornou a primeira mulher levantadora de toadas do Boi Bumbá Garantido, dentro da Festa de Parintins.
Cantor & Compositor com influência da MPB, Axé e Samba .Com a carreira pautada no cenário musical da noite, James Rios enfatiza a música nacional e já chegou a abrir shows para cantores consagrados, como Ivete Sangalo, Roberta Miranda, José Augusto, Tânia Alves, Elymar Santos, além de pós-show para Daniela Mercury. Em Salvador (BA), comandou os blocos Sacerdotes & Clube do Samba, onde dividiu o trio elétrico com o cantor Mumuzinho. Gravou o CD 'Samba do Meu Jeito' com canções produzidas com o conceito sonoro autoral de James, atualmente realiza shows por diversos estados brasileiros, dentre eles: Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e Manaus.
Originária de Manaus/AM e liderada por Magaiver Santos, a banda Casa de Caba carrega consigo uma reflexão do processo de urbanização acelerado e caótico no coração da Amazônia, explorando a música afro-brasileira e submetendo-a à fusão com diversos outros segmentos
Com uma pegada regional experimental, a banda que estreou no cenário alternativo de Manaus, em 2006, mantém a mistura de ritmos e o som inconfundível da banda Além dos sucessos já consagrados como "Manaus cidade grande, Dona Júlia e Sapatinga", a Cabocrioulo vem somando parcerias importantes que podem ser conferidas nas músicas Pimenta com Sal (Eliakin Rufino) , da Luz (Neuber Uchoa), Pense Num Calor, Hamutã com H e Doce Vida.
Cantor e compositor, versátil faz um passeio melódico que vai do melhor do pop rock nacional e internacional e vem para Amazonia, mas especificamente para a Ilha de Parintins, onde compôs grandes clássicos para o Boi-bumbá Garantido o boi do Coração na Testa.
Um dos ícones do Boi-Bumbá Caprichoso – o boi da estrela na testa, é um dos consagrados dos levantadores de toadas dos anos 2000, contribui para o fortalecimento da do ritmo da Amazônia a "Toada de Boi Bumbá", gravando hinos imortais de Ronaldo Barbosa.
A partir do relato de visitas técnicas e trabalhos de campo que identificaram coleções amazônicas em museus europeus, sobretudo em Copenhague, Dinamarca, e em Gotemburgo, Suécia, trabalharemos o conceito de "referências cruzadas" de Paul Ricoeur para acionar tanto memória quanto imaginação. Analisaremos, assim, o contraste entre a formação de coleções e as identidades coletivas representadas. As noções de sujeito e autoria serão observadas tanto nas narrativas curatoriais contemporâneas quanto nas anteriores literaturas de viagens formadoras de um imaginário europeu que, em alguns casos, reforça, ainda hoje, ideias de superioridade racial, assim como promove epistemicídio. Essa literatura será trabalhada em perspectiva comparada com literatura contemporânea, seja de testemunho ou outras formas de narrar a si mesmo centradas na oralidade.
Estruturado em torno das premissas teórico-críticas de Édouard Glissant (Introdução a uma poética da diversidade, 2005), Ana Pizarro (O voo do tukui, 2023), Antônio Bispo dos Santos (A terra dá, a terra quer, 2023), Eurídice Figueiredo (Representações de etnicidade: perspectivas interamericanas de literatura e cultura, 2010) e Conceição Evaristo (A escrevivência e seus subtextos, 2020) este curso tem como foco principal dialogar com um conjunto de narrativas de mulheres negras, afroindígenas, indígenas e não-indígenas que tiveram – tem – seus corpos marcados pelo signo da violência de distintas práticas colonizatórias. Narrativas testemunhais que falam de si e de Outras, desde um caos mundo absolutamente assimétrico, mas também repleto de resistências, reexistências. Trata-se de um conjunto de narrativas que confluem e se misturam sem deixar de evidenciar as peculiaridades das trajetórias individuais que transbordam como parte do todo-o-mudo desde específicos espaços-tempos latino-americanos. Narrativas de si e do mundo, tomando a palavra – escrita, oral, gestual – como arma e instrumento de insurgências na ágora de suas vivências cotidianas, em suas lutas contra o silêncio e o apagamento.
O minicurso Literatura de Resistência: Memória e cultura em identidades narrativas afro-amazônicas propõe uma imersão na interseção entre literatura, memória e cultura, enfocando especificamente as narrativas afro-amazônicas como veículos de resistência e afirmação identitária.
Através de uma abordagem decolonial, examinaremos como essas narrativas contestam e subvertem os paradigmas impostos pelo cânone dominante, oferecendo perspectivas outras sobre questões sociais, políticas, econômicas e históricas.
O curso se iniciará com uma análise crítica da perspectiva decolonial como um arcabouço teórico que questiona a hierarquia de conhecimento e valoriza a pluralidade de vozes silenciadas pela colonização. Em seguida, exploraremos os fundamentos da literatura de resistência, destacando seu papel na amplificação das vozes de grupos historicamente marginalizados, discutindo elementos estilísticos e temáticos que caracterizam essas narrativas, assim como seus impactos na desconstrução de estereótipos e na promoção da diversidade cultural.
Analisaremos obras literárias que se manifestam como expressões singulares de resistência e resiliência, à medida que retratam experiências e memórias ancestrais, bem como reflexões contemporâneas sobre identidade e pertencimento na região amazônica. Por meio de debates e análises críticas, os participantes serão instigados a refletir sobre as formas como essas narrativas contribuem para a descolonização de mentalidades e para a construção de novos horizontes de significado e representação cultural.
O minicurso convida os participantes a considerarem o potencial transformador da literatura de resistência no contexto educacional e social, incentivando práticas pedagógicas que valorizem a diversidade e promovam a inclusão de vozes marginalizadas nos espaços de produção e circulação do conhecimento.
Em seu livro "Os contos de fada e a arte da subversão – o gênero clássico para crianças e o processo civilizador", Jack Zipes faz a seguinte constatação "contamos e consumimos contos de fada todos os dias no nível pessoal sem termos consciência de que dependemos deles para atravessar o dia" (ZIPES 2023, p. XVIII). É fácil perceber essa presença dos contos de fadas: em expressões da língua, em memes que circulam nas redes sociais, nas recorrentes adaptações fílmicas, nas reedições em edições simples ou de luxo, em programas governamentais de formação de leitor ou nas novas versões que surgem dessas histórias. O direcionamento do gênero para o público infantil produziu o efeito desses contos muitas vezes terem um forte conteúdo moral ou didático, atendendo tão somente a "demandas extraliterárias" (BAJOUR 2023, p.133). Em uma direção oposta, várias obras, direcionadas também para o público infantil e juvenil, se valem dos contos de fada de uma maneira "provocativamente subversiva" (ZIPES 2023, p. XVIII). O presente minicurso tem por objetivo se debruçar sobre essas obras – muitas delas com um rico trabalho entre texto e imagem e com projetos editoriais sofisticados – e pensar no seu potencial didático em sala de aula para formação de leitores críticos.
Bruno de Menezes nasce em Belém do Pará, em 21 de março de 1893 e falece em Manaus (AM) em 2 de julho de 1963. Filho de Dionísio Cavalcante de Menezes e Maria Balbina da Conceição, quando menino já começa a trabalhar para ajudar a família, a princípio na Livraria Moderna. Aos 18 anos, passa a tipógrafo de jornal na Livraria Gillet. Em seguida, exerce igual função na Livraria Bittencourt e estampa seu poema inicial, "Operário" (1913), em "O Martello", com temática social, "homem de ação", como bem observa Francisco Paulo Mendes (1993). Entretanto, somente em 1920 publica o primeiro livro de lavra própria: "Crucifixo". Ainda em 1920, no jornal "Combate", traz a lume a composição em versos "Arte nova", que revela uma insatisfação frente aos modelos literários cristalizados. A mesma sede de mudança é compartilhada por jovens coestaduanos, descontentes com a vigente produção da arte verbal. Assim, em 1923, Bruno de Menezes, Francisco Galvão, Abguar Bastos, Eneida de Moraes, entre outros, vão discutir a literatura modernista no Pará, num momento em que Bruno de Menezes é o diretor da revista "Belém Nova", a partir da qual ele passa a ser considerado o introdutor do Modernismo em terras paraenses. O enfocado poeta deixa os seguintes livros: "Bailado Lunar" (1924), "Batuque" (1931), "Lua sonâmbula" (1953), "Poema para Fortaleza" (1957) e "Onze sonetos" (1960). Em face do exposto, o curso de curta duração ora proposto tem por objetivo ler e analisar uns longos poemas de Bruno de Menezes: "O Círio, a cidade e o povo" (1923) e "Belém, cidade dos cheiros de São João" (1952), em meio a mais dois textos em versos: "Belém, cidade que teve um passado" (1944) e "Belém e o seu poema" (1963), que Benedito Nunes (2004) considera um "painel urbano-modernista". Essas quatro composições, centradas em Belém do Pará, integram "Poesias esparsas", incorporados às "Obras Completas" (1993), de Bruno de Menezes.
O domínio da escrita é uma exigência cada vez maior nas sociedades grafocêntricas contemporâneas, como se constata tanto no espraiamento do termo letramento em vários campos de conhecimento, quanto nas preocupações de governos nacionais e instituições internacionais com os impactos econômicos e políticos dos níveis de letramento da população. Na vida cotidiana, entretanto, as inovações tecnológicas no âmbito da cultura digital parecem encaminhar para uma hegemonia da oralidade e visualidade sobre a escrita, com mecanismos de transposição entre meios e suportes progressivamente mais sofisticados. Entre a pressão social para o domínio da escrita e o seu uso pessoal progressivamente menor, qual o espaço ocupado pela escrita literária?
Nas escolas, a produção de texto é organizada em torno de gêneros textuais, dentro de uma sequência didática de ler para escrever, tendo como objetivo último a produção de textos demandados em testes e processos seletivos. Há, assim, uma tendência ao uso meramente retóricos dos gêneros e predominância de produção de textos do discurso jornalístico, encaminhando a produção de texto na escola para uma escrita formulaica. Entre o texto-como-gênero e as redações das avaliações externas, há lugar para a escrita literária?
O curso A escrita literária entre nós é uma reflexão que busca respostas a essas perguntas, assim como mapear as conexões que podem ser estabelecidas sobre as práticas contemporâneas de escrita literária dentro e fora da escola. Para tanto serão realizadas leituras e atividades preparatórias online (8h) e discussão presencial (4h).
Este minicurso tem por objetivo explicitar o trabalho do Grupo Verso de Boca que, por 25 anos ininterruptos, realizou apresentações de recitais poéticos junto às escolas do sistema de ensino do estado do Ceará, e no âmbito da Universidade Federal do Ceará. Também vem expor a natureza do trabalho do Grupo, seu funcionamento, sua experiência didático-pedagógica no ensino da literatura e sua versatilidade na apresentação da poesia residual de variadas épocas.