O objetivo deste trabalho é analisar a situação de memória e pós-memória
ditatorial das protagonistas dos romances Azul corvo, da escritora brasileira Adriana
Lisboa, e Lengua madre, da escritora argentina María Teresa Andruetto, ambos publicados
em 2010. Logo, será observada a relação das personagens Evangelina e Julieta com os
períodos ditatoriais brasileiro e argentino, como as duas recebem as memórias daqueles que
viveram tais épocas e em que medida os regimes opressores conduziram os rumos de suas
trajetórias. Como fundamentação teórica, serão utilizados os pressupostos de Candau
(2016), Hirsch (2008; 2012), entre outros. Nesse sentido, será verificado que ambas as
autoras constroem um projeto literário pautado na experiência afetiva e na possibilidade de
superação das tragédias pessoais e coletivas.
Palavras-chave: Romance contemporâneo; Memória; Pós-memória; Adriana Lisboa; María Teresa Andruetto