O presente trabalho tem como objetivo analisar o atual caso em torno do autor
Ricardo Lísias, enquanto representante do uso da experiência como material literário, o
diálogo com as teorias da autoficção (embora o autor negue fazê-la) e a influência do
paratexto na interpretação a partir do retorno do autor à cena crítica que norteia a
recepção do texto. Trata-se aqui de uma pesquisa que procura analisar, na literatura
brasileira contemporânea, as estratégias de Lísias a partir da na observação da
construção da experiência vivida que rodeia a ficção. Para isso, serão utilizadas as
considerações de Eurídice Figueiredo (2013, 2014), Luciene Azevedo (2008, 2010),
Leonor Arfuch (2002) e Serge Doubrovsky (2014) como suporte teórico no tocante às
questões autorais e autoficcionais.
Palavras-chave: Literatura brasileira; retorno do autor; autoficção