A ausência de parâmetros para efetuar juízos seguros não raro celebra-se de forma
precipitada nos estudos literários. Um vago entusiasmo habita em torno da “theory”. Configurado
segundo interesses particulares, a delimitação e estabilização do conhecimento disciplinar
sucumbiram à impossibilidade de escapar aos “jogos de linguagem”, à vacuidade imanente às
proposições, etc. – os des- e correlatos pós- que se conjugaram para novamente dar cabo do
projeto “iluminista” de Humanidade. Conforme certas vozes, porém, sua impotência efetiva e sua
inconsistência são a felix culpa da teoria. Há crise, há saída? Nosso trabalho aborda algumas
questões da discussão e delineia, junto à obra de Theodor Adorno, outra forma de pensá-las.
Palavras-chave: Teoria literária; Crise das Humanidades; Estética.