O século XX também mostrou sua face bárbara na América Latina e no Caribe,
contribuindo para o deslocamento forçado de milhares de pessoas. É o caso das autoras dos
romances que compõem o corpus da análise deste artigo. As duas de origem caribenha recriam
ficcionalmente períodos de exceção em seus países de origem, e através das categorias
ficcionais de seus romances conseguem penetrar nas brechas abertas pela história e pela
memória e, de certa forma, aplacar a dor do tempo pretérito; é através da simulação da verdade
por meio de seu mecanismo estético que os romances escolhidos contribuem para o processo de
retomada do passado e superação do trauma.
Palavras-chave: Estado de exceção, trauma, memória, História, ficção