O texto que ora apresento tem como objetivos trazer à baila uma leitura do livro Outro,
de Augusto de Campos (2015), de modo que se observe o caráter intersemiótico na organização
da obra, assim como quais são as vozes outras, nesse percurso abissal de sua trajetória poética,
que subjazem ao livro. Salienta-se, ainda, que esta trabalho visa colaborar, do ponto de vista
teórico-crítico, com a compreensão de uma produção literária que, não com pouca ocorrência,
caminhou à margem da margem, no duplo do silêncio: aquele operado pela crise da escrita, aquele
operado na angústia por meio da multiplicidade de vozes.