Redefinindo as noções de cidade, espaços urbanos e privado, Enrique Vila-Matas
produz, em Doutor Pasavento, um narrador errático, neurótico, memorialista, capaz de
reorganizar os espaços através de sua biblioteca e de processos nos quais a ausência de território
predomina. Este ensaio pretende investigar, de modo introdutório, como o escritor catalão aplicou
o seu sistema de ressignificações geográficas em Paris, principal cidade explorada no romance.