A memória, os recursos mnemônicos e o seu duplo – o esquecimento - tem sido, ao
longo do tempo, objeto de apreciações crítico-reflexivas que sempre apontam para a
complexidade da temática no campo dos estudos filosóficos, psicanalíticos e literários. Aqui,
nos interessa elucidar, por um lado, a maneira como essa memória modula as representações
autorais do poeta Manoel de Barros, e, por, outro, o quanto essas mesmas memórias são
moduladas pelos ditames da imaginação criativa.Amparado nos pressupostos teóricos cunhados
por Bergson (2011), Freud (1972), Ricoeur (2007), dentre outros, o presente artigo objetiva
suscitar uma série de reflexões críticas acerca das representações da memória e da imaginação
no bojo da obra poética de Manoel de Barros.
Palavras-chave: Lírica; Memória; Imaginação; Manoel de Barros.