O engenho Massangana, em Pernambuco; o morro do Curvelo, no Rio de Janeiro:
nomes que evocam paisagens eternizadas pela memória afetiva de escritores que ali vivenciaram
experiências decisivas para sua trajetória existencial, literária, intelectual. Assim, ao traçarem a
sua grafia de vida, esses escritores, na condição de memorialistas, preenchem de significados
pessoais e de ressonâncias íntimas aqueles lugares de memória, como é o caso de Joaquim
Nabuco, em Minha formação (1900), e de Manuel Bandeira, no Itinerário de Pasárgada (1954).
Este trabalho aborda, nessas duas obras, a relevância dos lugares da memória para a elaboração
da autoimagem do escritor, assim como para o traçado de sua grafia de vida.
Palavras-chave: Lugares da memória; Autobiografia; Joaquim Nabuco; Manuel Bandeira