No final dos anos de 1970, ao mesmo tempo em que o semiólogo Roland Barthes
cumpre o luto com a morte da mãe, reflete sobre a possibilidade da literatura representar o
processo de enlutamento. A partir de uma leitura da obra Diário de Luto (2011) e tendo como
referenciais teóricos os trabalhos de Alan Badiou (2004), Florência Garramuño (2014), Karl Erik
Sch Ø llhammer (2012) e o próprio Roland Barthes (2015), este texto propõe uma reflexão a
respeito da viabilidade crítica do conceito de representação para a compreensão de narrativas
contemporâneas, dando ênfase a textos que tematizam a morte, como é o caso do romance Minha
mãe morrendo e o menino mentido (2001), do escritor Valêncio Xavier.