Partindo da monadologia – e dos acúmulos, expansões e dissonâncias que o conceito
teve ao longo dos tempos –, este trabalho se propõe a discutir alguns traços do binômio vida-obra
em Sérgio Sampaio, visto como uma mônada da década de 1970, em um Brasil profundamente
marcado pela barbárie instituída pela ditadura militar. Tendo também como aporte o conceito de
"vida danificada" (Adorno), nosso intento é o de mostrar como as canções de Sampaio podem ser
lidas como, para usar a terminologia leibniziana, janelas em que se pode ver estampado o horror
em um país marcado pela quase sempre arbitrária ação da história sobre os indivíduos.
Palavras-chave: Sérgio Sampaio; Monadologia; Vida danificada.