Após dez anos dedicados ao teatro e ao cinema, e recuperada de uma grave crise de
saúde, em 1980, Marguerite Duras (1914-1996), retorna à literatura: dois romances
autobiográficos - O Amante e A dor - em seguida, volta à ficção com Emily L., em 1987. Freud
ensina que a melancolia assume várias formas clínicas com origem em uma falta significativa e
em geral, apresenta sintomas que afastam o indivíduo de sua vida, chamada normal (cf.
FREUD, 1976). Em Emily L., já a primeira frase anuncia a dor, o medo que se estenderão ao
longo do romance. Às aventuras amorosas, rememoradas pelo casal de meia idade, entremeia-se
o vazio da narradora protagonista e seu parceiro cujo amor está morrendo.
Palavras-chave: Marguerite Duras, literatura e psicanálise, melancolia