Paula Luersen (Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
O artigo propõe a análise de um poema de Anne Waldman feito em tributo à pintora
Berthe Morisot, buscando comentar uma possibilidade de relação com a obra da artista que
destoa dos parâmetros misóginos entranhados nos textos críticos da época do modernismo.
Após explorar um paralelo entre as trajetórias de Morisot e Waldman, o texto volta-se para a
análise do poema. Procura-se mostrar, assim, como o exercício poético de Waldman pode
revelar a obra de Morisot para além dos escritos da crítica, centrando-se no discurso da artista
sobre sua própria obra e, logo, nos temas que lhe foram caros, como a apreensão da efemeridade
e do detalhe passageiro em pintura.
Palavras-chave: Berthe Morisot; Anne Waldman; feminismo; crítica.