O presente trabalho aborda o diálogo entre texto e artes presente na práxis poética do
escritor Sérgio Sant’Anna (1941), cuja obra é particularmente marcada por essa problemática.
Primeiramente, serão aqui analisados os componentes iconográficos que figuram no romance Um
Crime delicado (1997) e, sobretudo, os seus paratextos. Em seguida, analisaremos
epistemologicamente o sentido da fusão das imagens utilizadas na capa e contracapa, assim como a
sua relação com o romance de Sant’Anna. Finalmente, observaremos certa evolução no que diz
respeito à tematização de obras iconográficas.