Abordamos, neste artigo, o manuseio do capital literário acumulado por Eduardo
Marciano, protagonista do romance O encontro marcado (1956), de Fernando Sabino. Valemonos
dos estudos de Pascale Casanova, presentes na obra A república mundial das letras (2002),
acerca dos usos e dos efeitos pertinentes ao capital simbólico. Como prática de pensamento
explícito sobre os trabalhos com arte, Eduardo Marciano responsabiliza-se por executar uma
espécie de crítica que atina para a importância de uma herança literária. Recorremos à Teoria
Estética (2015), de Theodor Adorno, e a alguns escritos de Walter Benjamin (2012), quando
esclarecem o aspecto fundador e revigorante da crítica de arte no próprio objeto artístico.
Palavras-chave: O encontro marcado; Fernando Sabino; Capital literário; Crítica literária