Partindo da caraterização barthesiana do “efeito de real” como fundamento de um “novo
verossímil” – “esse verossímil inconfesso que forma a estética de todas as obras correntes da
modernidade” –, recuaremos à teorização aristotélica da verossimilhança, com vistas à reversão
da restrição greco-latina da poiesis pela mímesis, dissimulada na fictio, de modo a delinear, nesse
movimento, a problemática (e o programa) de uma “poética do saber”.
Palavras-chave: Efeito de real; poiesis; ficção; veridicção; genericidade.