A proposta desta comunicação é fazer uma leitura do romance Fronteira (1935), de
Cornélio Penna (1896-1958), sob a perspectiva do paradigma do homo sacer, de Giorgio
Agamben e desdobrar para algumas problematizações acerca da biopolítica, sobretudo, a partir
de algumas ponderações de Roberto Esposito. O núcleo da análise é Maria Santa, protagonista
que sofre diversos tipos de violência durante a história. A justificativa para essa comparação entre
o homo sacer e a personagem de Cornélio Penna está no fato de que Maria figuraria na
extremidade de uma vida matável que não pode ser morta, porque, de algum modo, há uma rede
de dispositivos alimentados pelo sofrimento dela.
Palavras-chave: Imagem; Corpo; Homo sacer; Cornélio Penna.