Noemi Jaffe publica, em 2015, seu primeiro romance – Írisz: As Orquídeas. Nesta
narrativa, Írisz é uma refugiada que vem para o Brasil, logo depois que a Hungria é invadida
pela União Soviética. O romance apresenta uma perspectiva narrativa perturbadora,
fragmentária, interrompida e sem continuidade. Nesse sentido, a perspectiva de Jaime Ginzburg
(2012) para estudar o narrador contemporâneo, é interessante, pois propõe analisá-lo mediante a
relação entre formas de narrar e configurações sociais. A estruturação da narrativa,
problematização na figura do narrador e da focalização, permite analisar como se configura esse
processo de busca de identidade e confronto com o diferente no romance de Noemi Jaffe.
Palavras-chave: Írisz: as orquídeas; Estrutura Narrativa; Identidade; Diferença.