O artigo aborda o filme “Heremakono” do cineasta malinense
Abderrahmane Sissako que atua como um testemunho, marcado pelo silêncio e
pela rememoração. O deslocamento do exílio (mesmo que não compulsório) onde
se estabelecem imagens da memória funciona como vestígio, daquilo que ficou e
não é mais. No filme, um jovem de 17 anos, Abdallah, visita sua mãe em uma
aldeia de pescadores antes de partir para a Europa. A experiência do personagem se
assemelha à vida do diretor ao se abordar a temática da ausência e da
desterritorialização.