A partir da articulação dos personagens Teleco, de Murilo Rubião, e Rahul, de Lygia
Fagundes Telles, nos propomos a pensar o que a animalidade tem como consequência na
invenção de sentido. Se em “Teleco, o coelhinho” a problemática está na relação da linguagem
com o corpo que se metamorfoseia, em As horas nuas, o gato, ora narrador dos feitos da dona e
daqueles que cercam o seu ambiente, ora personagem observado a partir de uma ótica
antropocêntrica, faz do leitor – que varia de identidade dentro da alteridade do romance – o
metamorfo.