Este artigo propõe a análise do romance Dois Irmãos (2000), de Milton Hatoum. Para
tanto, discute-se as relações entre tempo e memória como fios condutores da narrativa, a partir
dos conceitos advindos dos estudos culturais, da História e da teoria literária contemporânea. Para
tanto, procura-se rever as concepções de memória presentes em Maurice Halbwachs, Michael
Pollak, entre outros. Em seguida, relacionam-se esses conceitos à discussão sobre romance e
ficção, de forma a tentar compreender essas imbricações na escrita de Milton Hatoum.