Os estudos acadêmicos mais recentes têm apontado para a existência de um Gótico
brasileiro, que assume variadas formas e expressões. Uma dessas modalidades tem como cenário
a casa-grande remanescente do Brasil colonial e monárquico como espaço análogo aos castelos
medievais mal-assombrados, e como personagem marcante um senhor de engenho ou barão do
café enquanto contraparte local do aristocrata malévolo de vários textos do gênero. Nesse sentido,
tais aspectos do Gótico brasileiro se fazem perceptíveis no romance Fogo morto (1943), de José
Lins do Rego.
Palavras-chave: Gótico brasileiro; Romance de 30; Intertextualidade