O propósito desta comunicação é analisar os desdobramentos políticos e afetivos
desencadeados após o crime de homicídio na novela O invasor (2002), de Marçal Aquino.
Josefina Ludmer, em O corpo do delito (2002), diz que o delito pode ser utilizado como
instrumento crítico. Tal afirmação é feita com base no pressuposto de que a fundação de uma
cultura se dá por diversos instrumentos de organização comunitária, por isso é imprescindível
uma definição das atividades consideradas delituosas. À essa primeira perspectiva, acrescente-se
que o crime será tomado como um problema político-afetivo, no sentido que Vladimir Safatle
expõe em Circuto dos afetos (2016), acerca das afetividades presentes nas relações políticas.
Palavras-chave: Crime; Afetos; O invasor; Marçal Aquino; Literatura brasileira contemporânea.