Este estudo faz uma abordagem teórica de Frankenstein, de Mary Shelley. É proposta
uma leitura do romance que contempla sua posição frente aos discursos científicos de sua época,
a saber: o modelo ocultista da ciência como criação, o modelo empirista da ciência positivista e
o modelo desbravador da ciência progressista. Cada um dos paradigmas corresponde a uma
visão de mundo de seus três narradores. A esses níveis deve-se acrescentar a perspectiva da
autora Mary Shelley enquanto responsabilidade com a criação. Para abordar a narratividade
desses discursos no romance são utilizados os conceitos teóricos da narratologia, conforme
definidos nos trabalhos de Gerard Genette.
Palavras-chave: Frankenstein; Mary Shelley, Ficção Científica, Discurso científic