A poesia de Torquato Neto também nos chega por meio de filme em super-8, na figura
de Nosferato. Na tentativa de entender essa movimentação artística e apreender as qualidades
sensíveis configuradas em sua obra, arrisco um diálogo com o texto Perfomance, Recepção,
Leitura, de Paul Zumthor, em busca da reflexão sobre a implicação do corpo como algo
indizivelmente pessoal, e qual seria o lugar da voz para um sujeito privado de se limitar e se
liberar por meio dela; dessa maneira, procuro fazer a indagação de que meios se utiliza, já que
não se faz habitar na linguagem por meio da voz. As reflexões de Frederico Coelho sobre a
fantasmagoria do compositor e um texto de Tom Zé colaboram ainda para este diálogo.