Tendo como base os textos críticos e poéticos do poeta português contemporâneo
Manuel de Freitas, buscaremos neste texto demonstrar brevemente como sua obra cria uma
espécie de comunidade de afetos pela poesia, em que, nas palavras do poeta, a “solidão possa ser
solidária” (FREITAS, 2012, p.165). Desse modo, enfatizaremos como, para atingir tal propósito,
é preciso buscar outros artifícios da linguagem, diferentes dos usados pelos poetas “ourives de
bairro, artesãos tardo-mallarmeanos”, mas, ainda assim, exigentes de um trabalho formal,
estilístico e retórico. A poesia passa, então, a ser menos um ofício cantante e mais um ofício
comunicante, a fim de compartilhar “o(s) resto(s)” (FREITAS, 2002a,
Palavras-chave: Comunidade; Afetos; Poesia; Contemporaneidade; Manuel de Freitas.