As reflexões aqui desenvolvidas nascem do atrito salutar provocado por dois textos de
Rosa Maria Martelo: “Cenas de escrita (alguns exemplos)” e “Alguém, ninguém, algo escreve?
(Breve nota sobre a cena da escrita em Herberto Helder)”. Mais específica que a noção de
metapoesia, a cena de escrita se dá na encenação do ato de escrituração, revelando de modo
imagético onde e como esse ato se dá. Partimos da discussão proposta por Martelo e recolhemos
exemplos nos últimos livros que o poeta publicou em vida: A faca não corta o fogo (2008,
2009), Servidões (2013) e A morte sem mestre (2014), reunidos posteriormente no volume
Poemas completos (2014).
Palavras-chave: Herberto Helder; Cenas de escrita; Rosa Maria Martelo