A independência dos países de África, colonizados pelos portugueses, ocorreu
concomitante à Revolução dos Cravos, o que provocou o retorno de quase meio milhão de
portugueses. Este trabalho pretende uma leitura de Cadernos de Memórias Coloniais (2010), de
Isabela Figueiredo e de O Retorno (2012), de Dulce Maria Cardoso, atentando para as
consequências e o lugar que não cabia aos retornados de África na sociedade portuguesa dos
1970. Para diálogo com o texto literário, busca-se apoio teórico em Beatriz Sarlo (2007),
Gagnebin (2009), Hall (2003), entre outros.