Pretende-se investigar a representação do escritor em Ilusões Perdidas,
estabelecendo-se relações entre o conceito de gênio, caro ao Romantismo, e ao de melancolia.
Busca-se analisar os ecos, presentes no início do século XIX, da definição aristotélica sobre o
termo, atentando para a potência criativa associada a essa condição. O gênio, enquanto benesse
e fardo para o sujeito, é fundamental para a legitimação da figura do escritor, bem como do
próprio campo das artes (BÉNICHOU, 1973; BOURDIEU, 1996). É escopo deste trabalho
analisar brevemente a incessante busca, por parte da classe artística, por se distinguir dos
burgueses, principalmente através da criação de um estilo de vida original – a boemia.
Palavras-chave: Representação do escritor; Melancolia; Balzac.