Reconhecido como o principal escritor brasileiro, Machado de Assis constitui-se
verdadeiro problema para o discurso historiográfico em literatura, fenômeno perceptível desde o
princípio da formação da crítica a respeito de sua obra. A profunda condição irônica de seu
discurso traduz-se em uma escrita dúbia, errante e que parece dar ao texto uma força constante
de ressignificação, permitindo que se estabeleçam, ao longo do tempo, novos diálogos com a
sua crítica. Desvendar alguns mecanismos do texto machadiano em suas forças de presença e
atualidade torna-se o objetivo principal deste trabalho, em que se procura identificar o autor
como um antimoderno na conjuntura do pensamento do século XIX brasileiro.
Palavras-chave: Machado de Assis; Antimodernidade; Ironia