Esta comunicação se propõe a apresentar uma interpretação de Infância (1938-1945),
de Graciliano Ramos, a partir da noção de desamparo freudiana e da identificação da construção
literária do “escritor”, seus desdobramentos e ética, nestas memórias, assim como do confronto
entre o mundo da criança (e suas figuras de poder na família, na escola etc.), e o do adulto,
numa sociedade patriarcal no limiar da abolição da escravatura e da proclamação da República,
mas também no contexto de sua escrita, que se dá pós-cárcere.