A modernidade, período histórico marcado pela invasão da técnica no cotidiano, coincide com o desenvolvimento dos mais diversos sistemas de circulação, como os meios de transporte coletivos, cada vez mais integrados à paisagem urbana, entrecortada por avenidas, automóveis e bondes. Não é sem razão que o trem comparece em vários estudos sobre a modernidade, tornando-se uma espécie de símbolo dos novos tempos. Neste artigo, pretendemos analisar como os sucessivos deslocamentos sofridos pelo indivíduo na modernidade impactam a escrita do Diário íntimo de Lima Barreto, obra que tem merecido atenção da crítica pelo seu estilo fragmentário.
Palavras-chave: modernidade – diário – Lima Barreto – fragmento