Analisar, nas tessituras das produções angolana e brasileira, elementos que desconstruam os imaginários utópicos das consolidações nacionais, através da rasura parodística (HUTCHEON) do gênero policial, enquanto produto cartesiano desenvolvido em espaços, ao mesmo tempo interativos e de exclusão, das cidades de Luanda e do Rio de Janeiro, evidenciadores de desigualdades urbanas e sociais (MACEDO), nos contextos da Belle Époque carioca e do Pós-colonial angolano. Há de se perceber, neste jogo proposto pelos narradores das tramas, que o desvendamento para a solução dos respectivos crimes se insere em outras fronteiras, distanciadas das deduções comuns referentes aos clássicos consagrados por este gênero, indo ao encontro dos animismos afro-brasileiro (MUSSA) e africano (PEPETELA).
Palavras-chave: LITERATURA ANGOLANA, LITERATURA BRASILEIRA, ROMANCE POLICIAL, PARÓDIA