Este trabalho tem como objetivo apresentar a poética da escritora Conceição Lima, natural de São Tomé e Príncipe, que realiza, em toda a sua obra – O útero da casa, de 2004, A dolorosa raiz do micondó, de 2006/08, e O país de Akendenguê, lançado em 2011 –, uma trajetória inovadora para o contexto das artes literárias são-tomenses. Busca-se, pois, reler a ilhas a partir de uma poética que parece projetar a Terra sonhada de São Tomé e Príncipe como se, no corpo da linguagem, a autora buscasse re-encontrar a sua própria Casa, ou defrontar-se e conciliar-se com a sua própria identidade ou a alteridade. Neste caso, tratarei do poema “O canto obscuro às raízes”, da obra A dolosa raiz do micondó, embora, não raro, surjam outras referências da obra.
Palavras-chave: IDENTIDADE, CONCEIÇÃO LIMA, RESSIGNIFICAÇÃO DO CONCEITO DE NAÇÃO, SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE