Rubem Braga correspondente de guerra na Itália Em 1944, Rubem Braga, jornalista brasileiro, parte para a Itália - rumo à Segunda Grande Guerra Mundial - como correspondente de guerra do jornal Diário Carioca. As “histórias” desta experiência única e irreproduzível corporificada em escritura etnográfica/literária/jornalistica, produzidas durante a guerra, foram acolhidas por suportes diferentes e em tempos diferentes, transferidas e apropriadas por receptores, experiências e performances diferentes. O pesquisador por meio de sua prática analítica/interpretativa que abriga: objeto, método, mas também um texto/escritura: fonte de significados e interpretação, está diante do “outro” materializado em escritura/texto e, desta forma, em narrativas que abrigam interlocuções de vozes, de contextos e apagamento de fronteiras entre gêneros. Neste artigo, minha proposta é apresentar parte do meu trabalho de pesquisa desenvolvido junto ao Fundo Rubem Braga depositado no AMLB/FCRB, no Rio de Janeiro. Os registros de observação - caderneta de notas, ainda inédita – assim como expor os resultados desta observação (tipologia de textos/receptores) concretizados em escritura/narrativa, publicados em veiculos diferentes (jornal e livro) pelo jornalista/cronista Rubem Braga, produto de sua experiência como correspondente de guerra, na Itália.