COMPARATIVAMENTE QUEER, de Anselmo Alós (UFSM)

 

Antes de se traduzir (ou de não se traduzir) o queer, talvez seja pertinente retomar um pouco do contexto do termo. Em inglês, queer possui uma carga semântica muito pesada, espessa e opaca. Na linguagem ordinária, queer (o adjetivo) carrega os sentidos de bizarro, estranho, anormal, freak, não natural, não convencional. Especula-se que o vocábulo tenha surgido no Baixo Alemão, quer (significando oblíquo, perverso), e teria migrado para o inglês por volta do século XVI. Como adjetivo, queer não era uma palavra cujo sentido estaria associado às sexualidades dissidentes. É apenas com a utilização na forma nominal, the queer, que o termo passa a ser utilizado como substantivo para designar, pejorativamente, os homossexuais – em um primeiro momento, homens homossexuais e, ao longo dos séculos XIX e XX, todo e qualquer sujeito de sexualidade indesejável (isto é, fora do eixo burguês da heterossexualidade compulsória, e da economia política da família supostamente nuclear). Essa ‘videointervenção’ busca, despretensiosamente, situar e contextualizar a teoria queer, e explorar brevemente em que medida ela pode dialogar produtivamente com os estudos de literatura comparada.

Anselmo Peres Alós possui Graduação (2002) e Doutorado (2007) em Letras pela UFRGS. É Professor Associado I na UFSM. Foi Professor-Leitor junto ao Instituto Superior de Ciência e Tecnologia de Moçambique (ISCTEM), no período de 2009 a 2011. É Líder do Grupo de Pesquisa Trânsitos teóricos e deslocamentos epistêmicos: feminismos, estudos de gênero e teoria queer, criado em 2012 e cadastrado junto ao CNPq. Membro da ANPOLL (Grupo de Trabalho “Homocultura e Linguagens”), da ANPOF (Grupo de Trabalho “Filosofia e Gênero”), da ABRALIC e do Comitê Assessor de Ciências Humanas e Sociais da FAPERGS, Gestão 2017- 2019. Coordenador Substituto do Programa de Pós-Graduação em Letras da UFSM. Autor dos livros A letra, o corpo e o desejo (2013) e Leituras a contrapelo da narrativa brasileira (2017). Organizador dos livros Poéticas da masculinidade em ruínas (2017) e Figurações do imaginário cinematográfico na contemporaneidade (em colaboração com Renata Farias de Felippe e Andrea do Roccio Souto, 2017). Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq.

https://www.youtube.com/watch?v=8D-RObpTwNo

 

 

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