Conheça os minicursos!

Confira, abaixo, a relação de minicursos que serão ofertados aos participantes do Congresso Internacional ABRALIC 2018.

Os formulários de inscrição estarão disponíveis na aba inscrições, na barra superior do site, a partir do dia 20 de junho.

Cada minicurso possui um total de 20 vagas. Os formulários serão encerrados assim que atingir o número total de participantes.

Os minicursos acontecem na segunda-feira, dia 30 de julho, das 9h às 16h, com pausa para o almoço, no campus Santa Mônica, da UFU.

 

Panorama de Littérature féminine negro-africaine - Profª. Drª. Cécile Dolisane (République des Camerouns)

Plan détaillé du cours

0-Introduction générale

Histoire littéraire : diachronie/synchronie

L’esclavage et colonisation neocolonisation, immigration, globalisation

Asservissement, assujettissement, acculturation et assimilation

Les courants de pensée : négritude, les littératures nationales, cosmopolitisme

Révolte, rébellion et révolution littéraire

Réveil et revalorisation de l’héritage culturel*

Quête identitaire et de repère culturel par l’affirmation de la personnalité et du moi negre

Démystification de l’entreprise coloniale

 

A Literatura, a docência e o empoderamento do Professor do ensino básico - Profª. Fabiane V. Burlamaqui (UPF)

Estudo das relações entre leitura e literatura, observando as diversas dimensões que um texto assume para diferentes tipos de leitores. Neste sentido, discutiremos a produção literária destinada a jovens, aspectos da mediação de leitura e as práticas escolares, bem como a circulação literária propiciada por diferentes suportes, focalizando a internet e a gamilificação como alternativa metodológica para a formação do leitor.

 

Estética e território: políticas públicas de cultura no Brasil - Prof. Dr. Miguel Jost (PUC-Rio)

A partir de 2003 o poder público brasileiro, em especial durante a gestão de Gilberto Gil no Ministério da Cultura, atuou efetivamente para realizar uma distribuição mais democrática dos recursos do Estado destinados a fomentar e incentivar circuitos de produção cultural. A política do ministério era desconcentrar o seu orçamento, equilibrando uma balança que historicamente pesou a favor da produção oriunda das capitais do país, com foco principal no eixo Rio de Janeiro – São Paulo. Nesse sentido, foram criados mecanismos que possibilitaram o surgimento de novas cenas e a incorporação de agentes que, anteriormente, dispuseram de pouca ou nenhuma estrutura para o desenvolvimento de linguagens estéticas e para construção de suas obras.

O objetivo do minicurso é discutir criticamente como essa reorientação da atuação do estado se reflete no campo das práticas artísticas e como a emergência de novos realizadores modifica de forma contundente os parâmetros do debate cultural contemporâneo contribuindo, inclusive, para um processo de revisão de certos postulados que foram determinantes na interpretação da sociedade brasileira ao longo do século XX.

Bibliografia:

Sessão 1:

RUBIM, Antonio Albino. "Políticas Culturais no Brasil: Triste tradição, enormes desafios" in Políticas Culturais no Brasil. Salvador, EDUFBA: 2007. pp 11-36.

CALABRE, Lia. "Políticas Culturais no Brasil: Balanços e perspectivas" in Políticas Culturais no Brasil. Salvador, EDUFBA: 2007. pp 87-108.

Sessão 2:

COSTA, Eliane. "Cada tempo em seu lugar" in Jangada Digital, Rio de Janeiro,Beco do Azougue: 2011. pp 25-80.

 

 

Literatura, arte e jogo: influxos mútuos - Profa. Dra. Yara dos Santos Augusto Silva (CEFET/MG)

Este minicurso visa a propiciar uma introdução à reflexão sobre a noção de jogo, explorando suas possíveis relações com obras pertencentes aos campos da literatura e das artes visuais, a partir de um embasamento teórico-crítico transdisciplinar. Pretende compor um prolífico ambiente de interlocução e debate, que descortine novas perspectivas de criação e pesquisa.

 

Semiótica e Literatura - Profª. Drª.Luiza Helena Silva (UFTO)

Ementa:O leitor na semiótica discursiva. O leitor e a relação com o texto literário. Efeitos da leitura. O leitor construído na literatura. Acidente e escapatórias. Leitura e captação. Contágio. Interação. Ensino de leitura.

Bibliografia básica:

BARROS, D. L. P. “De laperfection”: duas reflexões. In: LANDOWSKI, Eric; DORRA, Raúl; OLIVEIRA, Ana Cláudia (Orgs.). Semiótica, estesis, estética. São Paulo/Puebla: EDUC/UAP, 1999, p. 119-134.

BERTRAND, Denis. Caminhos da semiótica literária. São Paulo: EDUSC, 2003.

DIDIERLAURENT, Jean-Paul. O leitor do trem das 6h27. Trad. Adalgisa Campos da Silva. São Paulo: Intrínseca, 2015.

DORRA, Raul. Entre el sentir y elpercebir. In: LANDOWSKI, Eric; DORRA, Raúl; OLIVEIRA, Ana Cláudia (Orgs.). Semiótica, estesis, estética. São Paulo/Puebla: EDUC/UAP, 1999, p. 253 – 268.

FIORIN, J. L. Objeto artístico e experiência estética. In: LANDOWSKI, Eric; DORRA, Raúl; OLIVEIRA, Ana Cláudia (Orgs.). Semiótica, estesis, estética. São Paulo/Puebla: EDUC/UAP, 1999, p. 101 – 118.

GREIMAS, Algirdas Julien. Da imperfeição. São Paulo: Hacker, 2002.

LANDOWSKI, Eric. Passions sans nom. Paris: PUF, 2004.

LANDOWSKI, Eric. ¿Habría que rehacer la semiótica? Contratexto, n. 20, p. 127-155, 2011.

PETIT, Michèle. Éloge de la lecture:  la construction de soi. Paris: Belin, 2016.

ROUXEL, Annie; LANGLADE, Gérard; REZENDE, Neide Luzia (Orgs.). Leitura subjetiva e ensino de literatura. São Paulo: Alameda, 2013.

SILVA, Luiza Helena Oliveira; MELO, Márcio Araújo. O que pode o leitor? EntreLetras (Online), v. 6, p. 120-132, 2015.

SILVA, Luiza Helena Oliveira. Não vejo o mundo com seus olhos: inquietações sobre a leitura e literatura na perspectiva da semiótica didática. In: BRITO, A. R.; SILVA, L. H. O.; SOARES, E. P. M. (Orgs.). Divulgando conhecimentos de linguagem: pesquisas em língua e literatura no Ensino Fundamental. Rio Branco: NEPAN, 2017, v. 1, p. 195-211.

TATIT, L. A duração estética. In: LANDOWSKI, Eric; DORRA, Raúl; OLIVEIRA, Ana Cláudia (Orgs.). Semiótica, estesis, estética. São Paulo/Puebla: EDUC/UAP, 1999, p. 195 – 211.

 

Poesia e Chiste: o cômico, o irônico, o trocadilhesco - Prof. Dr. Sergio Bento (UFU)

o Witz do Romantismo alemão até o trait d´esprit lacaniano, o conceito de “chiste” tem sido repercutido na Filosofia, na Psicanálise e na Crítica de Arte tanto na esfera da articulação cognitivo-linguísticacomo no escopo da comicidade em geral. “Princípio e órgao da Filosofia”, para Friedrich Schlegel, o Witz media instâncias inconscientes e conscientes do pensamento, noção que seria fundamental para Freud desenvolver a sua teoria do chiste como “válvula de escape” a burlar censuras internas, ou ainda para Lacan identificá-lo natessitura da língua por meio de metáforas e metonímias.

Assim, habitando essa intersecção entre criação, mente e palavra, é natural que o fenômeno chistoso interesse à poesia, seja na sua natureza compositiva “da” e “na” linguagem, seja no humor como efeito estético, o que remonta a uma longa tradição de poetas satíricos, desde certa poesia iâmbica grega, passando pelos epigramas romanos, estendendo-se a diversas manifestações trovadorescas ao longo da Idade Média, os sonetos burlescos e fesceninos do Renascimento, os limericks do século XIX, parte da produção de vanguarda do começo do século XX, enfim, um vasto universo poético que entrelaça-se com a comicidade.

No curso em tela, será buscada uma revisitação teórica do conceito de chiste, bem como uma análise de sua manifestação em poemas de épocas e locais diversos, com prioridade para a poesia recente e contemporânea no Brasil. Serão contemplados os seguintes temas:

1.      Arqueologia do chiste

1.1. O termo “chiste” como escolha tradutória em língua portuguesa;

1.2. O Witz dos românticos alemães: “chiste-articulação” e “chiste-piada”;

1.3. O chiste e o inconciente em Freud;

1.4. Chiste, metáfora e metonímia: a teoria lacaniana.

2.      Chiste e linguagem

2.1. Teorias linguísticas da piada: “conector” e “disjuntor”;

2.2.Economia, brevidade e catarse;

2.3. Limites teóricos: chiste, humor, cômico, ironia.

3.      O chiste poético

3.1. Breve histórico da poesia satítica;

3.2.Procedimentos estéticos do chiste: trocadilho, paranomásia, palavra-valise, quiasmo, etc.;

3.3. Comicidade na poesia recente do Brasil: José Paulo Paes, Cacaso, Zuca Sardan, Angélica Freitas, André Vallias, entre outros autores.

Referências:

BERGON, H. O riso: ensaio sobre a significação da comicidade. 2.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

FREUD, S. O chiste e sua relação com o inconsciente (1905). São Paulo: Companhia das Letras, 2017.

 

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