ORIENTAÇÃO: Professora Maria Clara da Silva Ramos Carneiro

RESUMO: As histórias em quadrinhos são um campo artístico bem diverso, participando de uma rede de interferências de outras artes, da literatura às artes plásticas. Dentro desse vasto campo, há ainda certa carência em se estabelecer uma crítica que se atenha a sua forma e verifique suas especificidades estilísticas ou estéticas (CARNEIRO, 2015). A forma do mangá, quadrinhos de origem japonesa, constituindo uma das maiores cenas de produção no mundo, em sua forma canônica, deve-se em boa parte ao cinema noir e pelas animações americanas (Baudry, Hébert e Roger, 2019). Mais recentemente, narrativas mais intimistas, assim como angulações e detalhamentos de cena que marcaram a Nouvelle Vague francesa, inspiram parte do repertório de seus autores. Neste trabalho, pretende-se analisar a formação de estilo das histórias em quadrinhos a partir dessas referências cruzadas entre o cinema francês e o quadrinho japonês, com o objetivo de verificarmos como uma nova geração de mangakás integra o movimento conhecido como Nouvelle Mangá (TRIFONOVA, 2012).

PALAVRAS-CHAVE: Nouvelle Vague; mangá; estilo; histórias em quadrinhos.

REFERÊNCIAS: BAUDRY, Julien; HÉBERT, Xavier; ROGER, Kevin. Hériter, imiter. Paris: Classiques Garnier, 2019. Disponível em: https://classiques-garnier.com/style-s-de-la-bande-dessinee-heriter-imiter.html CARNEIRO, Maria Clara da Silva Ramos. A metalinguagem em quadrinhos: estudo de Contre la Bande Dessinée de Jochen Gerner. Tese (Doutorado em Teoria Literária). Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 281 f, 2015. TRIFONOVA, Temenuga. Nouvelle manga and cinema. Studies in Comics, [s.l.], v.3, n.1, p.47-62, Ago. 2012. DOI: https://doi.org/10.1386/stic.3.1.47_1. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/272206292_Nouvelle_manga_and_cinema