ORIENTAÇÃO: Dr. Régis Augustus Bars Closel

RESUMO: Este trabalho tem como objetivo analisar a figura da bruxa na peça "The Witch of Edmonton" (1621) – escrita colaborativamente pelos autores Thomas Dekker, John Ford e William Rowley – e o modo como tal papel lhe é delegado/atribuído/rotulado. Para isso, a partir dos teóricos Heidi Breuer (2009), Diane Purkiss (2005) e Keith Thomas (1971), apresenta-se um panorama histórico geral dos elementos que compõem uma bruxa ao longo da Idade Média e do período do Renascimento inglês, buscando compreender a problemática do que realmente significa ser chamada de "bruxa", como a personagem Mother Sawyer é nessa peça. Neste percurso, reflete-se sobre a construção dessa figura, considerando quais são os fatores históricos e sociais que determinam tal denominação e qual a influência dos sujeitos que detém poder na sociedade em que a bruxa se insere. Por fim, conclui-se que o termo "bruxa" revela a estereotipação feminina e a presença da violência – elementos que cercam a trajetória de Sawyer – e são os procedimentos pelos quais se tenta compreender o elemento sobrenatural como um mecanismo de expiação para os acontecimentos da obra.

PALAVRAS-CHAVE: bruxa; teatro; The Witch of Edmonton.

REFERÊNCIAS: BREUER, Heidi. Crafting the Witch: Gendering Magic in Medieval and Early Modern England. Routledge: London, 2009. DEKKER, Thomas; FORD, John; ROWLEY, William. The Witch of Edmonton. Edited by Lucy Munro. Arden Early Modern Drama: London, 2017. PURKISS, Diane. The Witch in History: Early modern and twentieth-century representations; Routledge: London, 2005. THOMAS, Keith. Religion and the Decline of Magic. Charles Scribner’s Sons: New York, 1971.