ORIENTAÇÃO: Dra. Eleonora Cavalcante Albano

RESUMO: Este trabalho tem o objetivo de evidenciar o poder do protagonismo estudantil no âmbito da leitura. Parece ser tão óbvio que alunos aprendem mais e melhor com seus pares, entretanto, ainda não é o que se é visto na maioria das situações educacionais brasileiras. Para Paulo Freire (2011) o processo de ler e escrever não deveria ser robotizado. A prática da leitura deveria ser crítica, construindo conhecimento sobre seu uso social e sobre os sentidos e efeitos de cada palavra aprendida na vida de cada sujeito. Há uma enorme resistência à leitura em sala de aula e fora dela. Os motivos são os mais variados possíveis. No entanto, de forma bastante simples, uma nova postura de ensino pode ser articulada junto aos alunos. Estamos falando dos Círculos de Leitura. Devem pensar ser uma coisa trivial: colocar alunos num círculo e colocá-los para ler, não obstante, é preciso de certas estratégias para que a leitura alcance realmente o mundo intrínseco do aluno e ele possa, com isso, se deliciar e querer novas oportunidades de aprendizagem através da leitura. Para isso, é preciso, primeiramente, que os alunos se acostumem com a dinâmica da leitura em Círculos. Não é só fazer um círculo. É preciso fazer círculos de 10 a 15 alunos. Numa sala de 40 alunos, quatro círculos seria o ideal. E voltando-nos para nossa situação pandêmica atual, é preciso que, além da tecnologia incorporada pela maioria das escolas, haja uma conscientização maior dos alunos e pela família. Assim, em cada Círculo haverá dois moderadores, também alunos, já preparados pelo professor anteriormente, para fazer com que a leitura de um texto da aula seja segmentado em parágrafos ou tópicos maiores (a critério do grupo), lido e discutido por cada participante daquele grupo. Desta forma, todos participam e leem sem o medo de acharem que estão errando. Assim, tal trabalho é uma proposta pedagógica que deve ser mais utilizada em salas de aula de qualquer disciplina e área de estudo.

PALAVRAS-CHAVE: leitura; protagonismo; pedagogia da autonomia.

REFERÊNCIAS: FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo, Paz e Terra, 2011.