ORIENTAÇÃO: Doutora Maria Brígida de Miranda

RESUMO: O presente trabalho tem por objetivo apresentar uma amostra dos resultados das adaptações feitas na disciplina de interpretação III, do curso de Teatro da UDESC sobre o teatro político, de Bertold Brecht. Influenciado pelo marxismo, Bertold Brecht desenvolveu um teatro transformador que possibilitou o aparecimento de uma arte de fruição didática, experimental e crítica. A partir deste contexto de discussão escolhi uma das obras de Nelson Rodrigues: a Valsa nº. 6. Escrita em 1951, a Valsa nº. 6 se insere em uma fase de experimentalismo dramatúrgico de Nelson Rodrigues que utiliza o monólogo delirante como forma de recompor um quadro de abuso dentro de uma sociedade hipócrita e pequeno-burguesa. A peça trata de uma adolescente que tenta reorganizar suas memórias após ser assassinada por seu médico e abusador, enquanto tocava Chopin, no piano. O monólogo se ambienta em um não-lugar. A produção do vídeo foi fundamentada com o método brechtiano visando ao distanciamento entre a performance e o espectador, evitando assim, a imersão ilusionista da catarse aristotélica. As performances, devido à pandemia do COVID19, foram todas produzidas em formato audiovisual

PALAVRAS-CHAVE: teatro épico; Nelson Rodrigues; monólogo audiovisual.

REFERÊNCIAS: BOAL Augusto. Teatro do oprimido e outras poéticas políticas. S.P.: Editora 34, 2019. BRECHT, Bertolt. Estudos sobre teatro. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1978. ROSENFELD, Anatol. O teatro épico. 6ª. edição. São Paulo: Perspectiva, 2019.