O olhar anuncia para além do campo fenomenológico a crítica e a arte como tradução. O corpo estético vanguardista de Marcel Duchamp ganhou mundialmente força ao reatualizar a tradição poética com ironia, com paródia, com pastiches retirados de seus espaços habituais. O museu perde a aura e a arte se reconstrói como réplica da grande comédia da vida privada. O olhar se virtualiza diante da vitrine, do Carrefour de colagens, todos (clássico e popular) enfileirados na mesma prateleira: Bombril vendido por Monalisa. O olhar do ensaísta mexicano Octávio Paz, assim como da poesia concreta, sobre esse contexto é um olhar que buscou traços de semelhança com a vanguarda duchampiana com intuito de marcar a crítica e a poética latina dentro da ruptura dos readymade como proposta de liberdade e de transgressão estética.
Palavras-chave: Corpo Poético. M. Duchamp. Octavio Paz. Poesia Concreta.