A imprensa no Pará oitocentista teve acentuada relevância para a inserção de uma cultura letrada na metrópole da Amazônia, haja vista que por meio dela, os jornais começaram a circular nos trópicos, trazendo, além de temas noticiosos e políticos; crônicas, novelas, romances, contos, dentre outros que ajudaram a disseminar a literatura na província. Ressaltamos, entre os periódicos paraenses, o Diário do Grão-Pará, que também foi de grande valor para a circulação do conteúdo literário, devido à considerável publicação e divulgação de obras apresentadas na folha, com destaque para as de autoria lusitana, em especial as do autor Camilo Castelo Branco, que comumente ocupavam as colunas das sessões Folhetim e Venda. Este autor, que ganhou o oceano e desaguou em terras paraenses, possui um vasto repertório de obras publicadas nesse jornal. Com base nisso, este trabalho irá discorrer sobre a imprensa paraense e o jornal Diário do Grão-Pará, para enfim apresentar alguns romances camilianos que circularam nesse periódico, contribuindo, dessa maneira com a cultura romanesca no Pará do século XIX.
Palavras-chave: Jornal Diário do Gram-Pará, Romances, Camilo Castelo Branco