ISABELA HELENA RODRIGUES COELHO, ISABELA HELENA RODRIGUES COELHO, MARTA APARECIDA GARCIA GONÇALVES
“Um Filme Falado”, do cineasta Manoel de Oliveira, faz entrever, por meio da viagem de uma professora com sua filha pelo mediterrâneo, a multiplicidade de identidades e as relações linguísticas, familiares e sociais na contemporaneidade, ao mesmo tempo em que evoca a história das antigas civilizações europeias para mostrar as mudanças que ocorreram em relação ao contemporâneo. O presente artigo pretende delimitar as reflexões incitadas por estas questões, sob as perspectivas do pensamento de Jacques Rancière acerca do conceito de “partilha do sensível”, que é a partilha do comum na comunidade heterogênea, onde se configura o regime político da arte. Outros aportes teórico-filosóficos, como Agamben e Stam também serão elencados neste estudo, pois seus escritos contribuem para a ilustração da nossa proposta.