O rápido avanço da tecnologia de impressão e o surgimento da era digital, grandemente influenciada pela comunicação intermidiática, tornam o estudo da arte narrativa dita sequencial um tema que merece ser levado a sério pelos críticos e escritores na atualidade. Neste trabalho, buscamos analisar as implicações políticas e as formulações estéticas de algumas produções que merecem destaque pela qualidade: A chegada, de Shaun Tan; Quem leva a melhor?, de Toni Morrison; Persépolis, de Marjane Satrapi e Adeus Tristeza, de Belle Yang; obras que têm em comum, além de se constituírem graphic novels de inspiração autobiográfica, em geral relacionadas a histórias de migrações e diáspora, o fato de serem escritas – salvo no caso de Morrison – por artistas que são, simultaneamente, os ilustradores de seus próprios textos.