A literatura de autoria negra confronta as narrativas que se pretendem hegemônicas e
questiona as fronteiras culturais criadas pelos sistemas de representações ocidentais.
Consequentemente, ela amplia o campo de representações ao interpelar os discursos coloniais e
colocar em evidência outras possibilidades de discursos, outras bases epistêmicas, e mesmo a
razão subalterna. Com base nessas considerações, propõem-se as seguintes questões: o que a
literatura afro-brasileira oferece ao leitor como possibilidade de movimento ou postura
decolonial/descolonial? Que movimento estético/poético ela realiza para propor a descolonização
do imaginário do leitor?
Palavras-chave: autoria negra; descolonização; Clarice Lispector; Ana Maria Gonçalves; Conceição Evaristo.