De acordo com Deleuze e Guattari, a obra de Franz Kafka se forma a partir de um
agenciamento coletivo de enunciação em que se objetiva a ligação do individual ao imediato
político, com o caso particular desaguando necessariamente na amplitude social. A partir de tal
assertiva, o objetivo é expor o campo social no qual se desenvolve a ficção do escritor brasileiro
Bernardo Kucinski, via paralelo com a abordagem da obra romanesca de Kafka feita por Deleuze
e Guattari, para justificar o enfoque pelo testemunho e suas relações com o político, elemento
central em Kucinski e que está estreitamente vinculado ao histórico em sua obra.