A bolsa amarela, de Lygia Bojunga, de 1976 e Úrsula, a maior, de Alice Vieira
editada em 1997, ambas obras destinadas a crianças e adolescentes, colocam-nos em contato
com Raquel e Maria, meninas que não aceitam os limites que a sociedade falogocêntrica,
representada principalmente pela família, tenta impor a elas. Os ensaios Um quarto só para si e
Profissões para mulheres, de Virginia Woolf, são marcos na escrita feminista que ressoam na
trajetória das protagonistas-questionadoras. As personagens, por meio da ficção, falam às
meninas dos dias de hoje que vale a pena assumir as rédeas do próprio destino, escrever a
própria história, em vez de se deixar abater pelos desejos alheios.