Silvio Tony Santos de Oliveira (UFPB), Hermano de França Rodrigues (UFPB)
Na perspectiva do patriarcado, o erótico, por ventura permitido, é um bel-prazer restrito
ao masculino e o corpo feminino é o instrumento para obtenção do gozo sexual deste. No
medievo, a mulher passa a ser a transfiguração da face pecaminosa do diabo e sua sexualidade
entendida como armadilha para aqueles que se entregam aos prazeres carnais. Nesse âmbito, a
arte literária, em sua função mimética, em alguns momentos, alberga personagens femininos que
se mostram transgressores quanto aos valores construídos e atribuídos, de forma distorcida, às
mulheres quanto a sua sexualidade. O presente trabalho, por meio dos enlaces entre Literatura e
Psicanálise, objetiva fomentar reflexões sobre representações do gozo fálico feminino, as quais
se espargem na obra Christel, a universitária violentada (1980), da escritora Majorie Grant.