Neste artigo, pretende-se analisar as configurações narrativas antipatriarcais presentes
no romance Livro de uma sogra, de Aluísio Azevedo (1857-1913). Para isto, considera-se a
hipótese de que o romance abraçou as causas antipatriarcais em pauta no contexto político-social
do período, como autonomia feminina, liberdade sexual e divórcio. Causas que colocavam em
crise a autoridade patriarcal, para quem a mulher figurava como submissa e inferior ao homem,
sob a óptica da moral cristã que via a atividade sexual como meio para procriação. Contrapondose
a esta visão, entendem-se como configurações antipatriarcais as ações e as atitudes das
protagonistas no romance opostas às convenções da sociedade patriarcal.
Palavras-chave: Naturalismo; Sexualidade; Divórcio; Autonomia feminina.